Guilherme Spalk
A abrir um novo projecto em Lisboa
Idade: 27 anos
Já há uns oito anos que anda em cozinhas, mas confessa que só em 2017 nasceu a paixão real pela cozinha – e isto não tem muito a ver com uma mudança na maneira de olhar os ingredientes ou com a descoberta de alguma técnica, mas na forma de comunicar aquilo que se está a cozinhar. Na Alice no País dos Bordéis – uma refeição-teatro que aconteceu no Verão passado na Pensão Amor – empratava à frente dos clientes, num balcão, e explicava o que se estava a servir. “Nunca fui uma pessoa uma muito extrovertida e ali tive de ser: comecei a focar-me no cliente e o serviço teve de se adaptar às necessidades dos clientes”.
O próximo ano vai ser de consolidação dos anos passados a trabalhar (e a aprender) em restaurantes como o extinto Bocca, o Bonsai, o Tavares Rico, e umas quantas paragens estrangeiras. Em 2016 chegou à China – graças ao trabalho como sous-chef no Sea Me – convidado por um grande grupo para abrir um restaurante cujo nome não deve ser pronunciado (porque Spalk não o sabe pronunciar). Aproveitou para passar uns dias em cozinhas diferentes e fazer crescer a sua própria “raiz, que ainda não está definida”. Passa de certeza por menus de degustação e por uma referência portuguesa forte a que se juntam outras estrangeiras, de forma consciente, garante.
O que vai fazer
Está a preparar a abertura de um restaurante de hotel da Mainside. Vai chefiar pela primeira vez uma cozinha em Lisboa, no Chiado. O sonho de restaurante é um balcão onde o chef fala sobre o que está a fazer directamente com o público, sem intermediários.